Monde-nouveau
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A Questão Econômica
Eric Vilain
Article mis en ligne le 25 de Março de 2012
dernière modification le 5 de Agosto de 2017

por Eric Vilain

In :

Os Anarquistas Julgam Marx

Editora Imaginàrio

2001

Source : 1983, La Rue n° 33, revue du groupe Louise Michel de la Fédération anarchiste

Engels declarou em 1890 que Marx e ele próprio tinham sido obrigados a insistir na gestão da análise econômica porque naquele tempo era uma nova ótica e que era necessário ressaltar este "princípio essencial".

"Marx e eu próprio, parcialmente, devemos assumir a responsabilidade pelo fato de, às vezes, os jovens darem maior peso do que se deve dar ao lado econômico. Diante de nossos adversários, foi-nos necessário ressaltar o princípio essencial por eles negado e então nós nem sempre achávamos o tempo, o lugar e a ocasião para dar seus lugares aos outros fatores que participavam da acão." (Engels, Carta a Joseph Bloch, 21-09-1890)

Trata-se menos de demonstrar que, a priori, todas as proposições do marxismo são falsas do que tentar determinar em que o método de análise marxista constitui, ainda que parcialmente, um instrumento utilizável para os militantes revolucionários.

Tentativas foram feitas, no passado, para efetuar uma "síntese" entre marxismo e anarquismo. Estas tentativas estavam destinadas ao fracasso.

Trata-se aqui, sobretudo, de desmistificar o marxismo como "doutrina científica" aos olhos dos libertários e demonstrar que nem tudo deve ser rejeitado simplesmente porque o que faz oposição irredutível entre marxismo e anarquismo (proibindo qualquer síntese) é perfeitamente delimitado e observável e que, para todo o resto, há muitas proposições que são perfeitamente assimiláveis pelo anarquismo, seja simplesmente porque elas já estava presentes no pensamento de nosso movimento antes de Marx exprimí-los ou reformulá-los, seja porque consistem uma conquista do pensamento universal, da mesma maneira que a lei da relatividade ou a teoria dos quantas (que não foram formuladas por anarquistas como todos sabem).

É próprio de um pensamento vivo poder se integrar ou rejeitar - de modo razoável - novas idéias. O pensamento morto rejeita toda idéia que não surja de autores patenteados, e acava por girar em círculo.

Nas filigranas do presente estudo encontrar-se-á pois, a seguinte interrogação: aqueles que recusam o marxismo pelas más razões aceitam o anarquismo pelas boas?