O Emprego do Termo “Anarquia” em Bakunin

Texto publicado na revista "Tierra y Libertad", nº271, feveiro de 2011,
traduzido para português por Vitor Ahagon.
O texto publicado por "Tierra y Libertad" em 2011 é uma versão curta de um estudo mais completo publicado em 2009 em francês em monde-nouveau.net (http://monde-nouveau.net/spip.php?article185)

Article mis en ligne le 6 mai 2021
dernière modification le 10 juin 2019

par Eric Vilain

A palavra “anarquia”, criada um pouco como provocação por Proudhon, que havia estudado as línguas clássicas e tomado à termo no sentido etimológico, têm sido rechaçado mesmo no chamado movimento “anarquista”. Mikhail Bakunin se qualificava sobretudo de “socialista revolucionário” ou de “coletivista”, e muito raramente de “anarquista”. Em 1906, os teóricos anarquistas do movimento espanhol propõe renunciar ao vocabulário “anarquia”, que o público interpretava mal.

“Em todas as línguas, o sentido dado à palavra pelo uso é preponderante, e criar tal confusão é criar a anarquia no sentido tradicional do termo. Porque em conjunto, a opinião pública, ignorando a fantasia de Proudhon ou rechaçando submeter-se a ela, têm conservado um sentido negativo que lhe atribui a palavra anarquia, e desde 1840 os anarquistas tem-se debatido para fazer admitir o que esta não queria. E nos pomos esta situação por sabermos, empenhado em deformar o sentido de uma palavra contra a vontade geral, à margem do pensamento público”. (Gaston Leval, El Estado en la Historia (Zero-ZYX, Bilbao 1978).)