Antes de examinarmos os princípios do anarcossindicalismo, é necessário resumir brevemente o desenvolvimento do anarquismo internacional desde a guerra1 e considerar sua situação atual.
A guerra imperialista, a ascensão e o declínio da grande Revolução Russa, as revoltas nos países da Europa central e a intensificação da luta de classes em outros países obrigaram os anarquistas a investigarem mais intensamente o verdadeiro caráter da revolução social e dos meios práticos necessários para sua realização.
Nas páginas de publicações anarquistas e sindicalistas revolucionárias em todos os países, os problemas da construção, da tática e da organização foram discutidos com frequência crescente. Infelizmente, estes problemas somente foram apontados ; eles não foram resolvidos, e somente relativamente poucas das questões fundamentais foram realmente respondidas.
A primeira tentativa prática de se lidar com a questão das formas organizacionais na revolução social deve ser encontrada na formação da Associação Internacional dos Trabalhadores de 1921 – a internacional de sindicatos revolucionários. A partir daquele momento, o anarcossindicalismo se tornou um fator internacional organizado.
A Associação Internacional dos Trabalhadores adotou a filosofia do comunismo anarquista, e, em adição a se dedicar a esforços diários nos interesses do proletariado mundial, ela lutou, desde o primeiro dia de sua existência, para achar soluções a todas aquelas questões que, tanto agora quanto no futuro, as massas exploradas encaram em sua luta por libertação total.